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GB: Carlos Gomes Júnior anuncia candidatura presidencial

13 de julho de 2019

Ex-primeiro-ministro da Guiné-Bissau anunciou, este sábado (13.07), que será um candidato independente nas próximas eleições presidenciais, marcadas para 24 de novembro.

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Portugal Guinea Bissau Carlos Gomes Junior in Lissabon
Carlos Gomes JúniorFoto: DW/Joao Carlos

Perante uma plateia de algumas dezenas "camaradas", Carlos Gomes Júnior anunciou que irá lançar-se oficialmente à corrida pelo cargo de chefe de Estado da Guiné-Bissau.

Vídeos que circulam nas redes sociais, mostram parte da cerimónia em que "Cadogo", como é vulgarmente conhecido no país, confirmou seu retorno ativo ao cenário político do país.

"Depois de cogitações e hesitações, aqui está o vosso 'Cadogo' de volta," disse.

Referindo-se ao período em que esteve exilado em Portugal e ao seu antigo partido, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), disse: "Desde que cheguei, a atual direção do PAIGC desconhece a presença do ‘Cadogo' em Bissau".

Cipriano Cassamá
Cipriano CassamáFoto: Braima Darame

Em seguida, o político guineense acrescentou, "por isso, serei um candidato independente. Serei um candidato do povo da Guiné-Bissau".

Gomes Junior garantiu que irá apresentar brevemente o lançamento da sua candidatura oficial. "Neste documento, deixarei plasmadas as principais ideias sobre a minha visão do país, a minha estratégia e ideias de cooperação com outras entidades e instituições e a essência da minha candidatura presidencial," descreveu.

"Vou para esta batalha com a profunda convicção de que em primeiro lugar estão o nosso país, a nossa democracia, o nosso sistema político e as condições de vida do guineense," concluiu.

A candidatura de 'Cadogo' surge depois que, na passada quarta-feira (10.07), o presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, anunciou sua candidatura às presidenciais e prometeu convidar o presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, para o cargo de primeiro-ministro.

Carlos Gomes Júnior liderou o PAIGC durante 12 anos seguidos. O ex-primeiro-ministro, deposto no golpe militar em abril de 2012, retornou a Bissau em janeiro de 2018, depois de cinco anos de asilo político em Portugal.

A candidatura surge num momento em que voltou ao debate o caso do alegado desvio dos 12 milhões de dólares (cerca de 10,68 milhões de euros) oferecidos à Guiné-Bissau por Angola, em 2011, quando ‘Cadogo’ liderava o executivo guineense.