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Segurança alimentarMoçambique

PAM em Moçambique: "Muitos poderão ficar sem assistência"

2 de fevereiro de 2023

Após interromper ajuda a deslocados no norte de Moçambique, Programa Alimentar Mundial diz estar a trabalhar para retomar a entrega de alimentos em março, o que só será possível se surgirem novos fundos.

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Programa Alimentar Mundial fornecia alimentos aos deslocados na província moçambicana de Cabo Delgado (imagem de arquivo)Foto: Falume Bachir/World Food Program/AP/picture-alliance

Após interromper a ajuda a cerca de um milhão de deslocados do terrorismo no norte de Moçambique em fevereiro, o Programa Alimentar Mundial (PAM) disse à DW estar a trabalhar para retomar a entrega de alimentos em março.

"Enquanto apelamos aos doadores por mais fundos urgentemente, estamos a nos esforçar para manter assistência ao menos às pessoas mais vulneráveis - por exemplo os mais malnutridos, crianças, mulheres grávidas e que amamentam", escreve o PAM-Moçambique numa nota.

Ainda assim, o órgão das Nações Unidas teme que "muitas pessoas poderão ficar sem assistência, se novos fundos não forem recebidos agora".

A falta de fundos a que o PAM se refere afeta justamente algumas das populações que mais necessitam de apoio neste momento: "pessoas deslocadas e afetadas pelo conflito no norte" do país, sublinha a organização.

O Programa Alimentar Mundial garante que os programas de desenvolvimento e resiliência em outras áreas do país "continuam a ser implementados".

Alertas anteriores

O PAM já tinha alertado em novembro passado que a falta de financiamento poderia levar à suspensão da assistência básica em fevereiro. A organização diz que precisa de 102,5 milhões de dólares para prestar assistência alimentar aos deslocados dos ataques terroristas nos próximos seis meses.

Em janeiro de 2023, mais de um milhão de pessoas afetadas pelo conflito receberam assistência alimentar. Sem novos fundos, o PAM diz que foi "forçado" a suspender esse apoio em fevereiro.

O órgão revela, entretanto, ter distribuído "cestas alimentares reduzidas" de abril a novembro de 2022. E em dezembro de 2022 e janeiro de 2023, "esforçou-se para entregar cestas alimentares completas a mais de um milhão de pessoas afetadas pelo conflito" em Cabo Delgado.

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