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Defesa de Morsi recorre da pena de morte

15 de agosto de 2015

Advogado do ex-presidente do Egito entrou com apelação na corte suprema. Líder deposto foi condenado por organizar fugas de prisões e assassinatos de policiais durante levante que derrubou Hosni Mubarak.

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Foto: picture alliance/AP Photo/T. el-Gabbas

A defesa designada judicialmente para o ex-presidente do Egito, Mohammed Morsi,
entrou neste sábado (15/08) com um recurso no Supremo Tribunal do país contra as penas de prisão perpétua e de morte determinadas em junho, disse o advogado do ex-chefe de governo.

Morsi foi condenado à morte, considerado culpado de organizar fugas de prisões, ataques, sequestros e assassinatos de policiais durante o levante que, em 2011, resultou na queda do então chefe de Estado, Hosni Mubarak, além de ter sido condenado à prisão perpétua por entregar segredos de Estado ao Catar.

O tribunal também aplicou penas severas contra os líderes da Irmandade Muçulmana, a mais antiga organização islâmica do Egito. Desde a derrubada de Morsi, em 2013, as autoridades egípcias atuam de forma severa contra islamistas, com centenas de mortos e milhares de presos.

Abdel Fattah al-Sisi, atual presidente do país, afirmou que a Irmandade Muçulmana é uma séria ameaça à segurança nacional. Já o grupo alega ser comprometido com o ativismo pacífico.

Morsi não designou um advogado para sua defesa e se recusou a reconhecer a legitimidade dos processos judiciais. Ele afirma que continua sendo o presidente legítimo do Egito.

O ex-presidente fora condenado em 16 de maio e teve a sentença confirmada em 16 de junho, após consulta ao Grão-Mufti, autoridade religiosa e jurídica que, segundo a lei local, deve rever todas as penas capitais.

Promotores afirmaram que Morsi e outros líderes da Irmandade Muçulmana conspiraram com organizações islamistas internacionais para atacar prisões durante o levante de 2011. Segundo eles, militantes do movimento palestino Hamas se infiltraram no Egito e atacaram as prisões onde Morsi e outros líderes da Irmandade Muçulmana estavam detidos.

MD/rtr/dpa/afp