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Egito condena líder dos protestos a cinco anos de prisão

23 de fevereiro de 2015

Em novo julgamento, tribunal reduz pena, mas confirma condenação do conhecido ativista Alaa Abdel Fattah, um dos líderes das manifestações contra o ex-ditador.

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Foto: STR/AFP/Getty Images

O conhecido ativista egípcio Alaa Abdel Fattah foi condenado nesta segunda-feira (23/02) a cinco anos de prisão por ter organizado um protesto considerado ilegal em novembro de 2013.

A sentença foi encarada como um sinal de que as autoridades egípcias continuarão sufocando movimentos dissidentes no país, apesar das promessas do presidente Abdel Fattah al-Sisi de libertar "jovens detidos erroneamente".

Fattah, também acusado de atacar um policial, havia sido condenado a 15 anos de prisão numa sentença anterior, juntamente com outros 24 réus. Após novo julgamento, no entanto, 21 dos manifestantes que acompanhavam o ativista tiveram penas reduzidas para três anos e terão que pagar multa no valor de 13 mil dólares. Os outros três tiveram suas sentenças mantidas ao terem recurso negado pelo tribunal.

Os acusados estão presos há mais de um ano, desde que participaram de uma manifestação, perto do Parlamento egípcio, contra uma lei que proíbe protestos não autorizados, aprovada pelos parlamentares dois dias antes.

O juiz Hassan Farid também determinou que os réus permanecerão sob vigilância da polícia quando forem libertados por um período equivalente ao que estiveram presos, e que eles deverão se reportar diariamente às autoridades.

Após a leitura do novo veredicto, enquanto os réus ironizavam a corte com uma salva de aplausos, parentes e apoiadores dos manifestantes gritavam "abaixo o governo dos militares".

O caso envolvendo Fattah foi um dos mais simbólicos numa série de julgamentos de dissidentes não religiosos que vêm sendo presos, juntamente com milhares de islamistas, desde que as Forças Armadas derrubaram o ex-presidente Mohammed Morsi, em julho de 2013, e tomaram o poder.

Fattah foi uma importante liderança na revolta contra o ex-ditador Hosni Mubarak, em janeiro de 2011, que deixou o governo após 18 dias de protestos nas ruas do Egito.

MSB/rtr/afp/ap