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Ucrânia e Rússia falam em progresso nas negociações

13 de março de 2022

Autoridades dos dois países fizeram avaliações otimistas sobre negociações para um cessar-fogo. Rússia ataca base militar com estrangeiros próxima da Polônia. Acompanhe as últimas notícias.

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Moradores da cidade de Tuzla, na Bósnia e Herzegovina, protestam pelo fim da guerra na Ucrânia
Moradores da cidade de Tuzla, na Bósnia e Herzegovina, protestam pelo fim da guerra na UcrâniaFoto: Klix.ba
  • Mais de 800 pessoas são presas em protestos na Rússia
  • Rússia e Ucrânia falam em progresso nas negociações sobre cessar-fogo
  • Sitiada, Mariupol contabiliza quase 2.200 civis mortos
  • Jornalista americano é morto por russos
  • Mais um prefeito de cidade ucraniana sequestrado
  • Base militar perto da fronteira com a Polônia é alvo de ataque russo

Transmissão encerrada.

20:20 – Zelenski volta a pedir zona de exclusão aérea e diz que "mísseis russos vão cair" em território da Otan

O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, reforçou neste domingo seu pedido para que a Otan crie uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia, e disse que a Rússia poderia bombardear o território da Otan.

"Se vocês não fecharem nosso céu, é uma questão de tempo até que mísseis russos caiam em seu território, em território da Otan", disse Zelenski em uma mensagem de vídeo.

Neste domingo, um ataque russo atingiu um centro militar ucraniano em Yavoriv, próximo da fronteira com a Polônia, que é membro da Otan.

A Otan e países do Ocidente já rejeitaram diversas vezes o pedido de criar uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia, argumentando que isso na prática significaria a Otan declarar guerra à Rússia e iniciar uma guerra mundial. (AFP)

20:00 – Ucrânia está isolada do comércio marítimo internacional, diz Reino Unido

O Ministério da Defesa do Reino Unido afirmou neste domingo em um relatório de inteligência que a força naval russa estabeleceu um bloqueio sobre a costa da Ucrânia no Mar Negro, o que isolou o país do comércio marítimo global.

A pasta disse que a força naval russa continua realizando ataques com mísseis contra o território da Ucrânia. 

Segundo o relatório, a Rússia também já realizou uma operação anfíbia no Mar de Azov, e poderia realizar mais dessas operações nas próximas semanas.

18:00 – Mais de 800 pessoas são presas em protestos na Rússia

Policiais russos prenderam neste domingo 817 pessoas que participavam de protestos em 37 cidades da Rússia contra a guerra na Ucrânia, segundo a organização OVD-Info, que monitora as prisões ocorridas durante as manifestações.

O centro de Moscou recebeu grande contingente policial neste domingo, incluindo na Praça Manezhnaya, próxima ao Kremlin. Registros da imprensa russa mostraram diversos manifestantes sendo conduzidos para viaturas policiais. Quem vai às ruas protestar na Rússia contra a guerra pode ser obrigado a pagar multas ou ser condenado à prisão.

Policiais prendendo mulher durante protesto
Protestar na Rússia contra a guerra na Ucrânia pode ser punido com multa e prisãoFoto: Peter Kovalev/TASS/dpa/picture alliance

Segundo o OVD-Info, mais de 14 mil pessoas foram presas em toda a Rússia por protestarem contra a guerra desde o início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro. (AFP)

16:40 – Estados Unidos condenam ataque ruso a centro militar ucraniano que deixou 35 mortos

A embaixada dos Estados Unidos em Kiev publicou uma mensagem no Twitter neste domingo na qual condena o ataque realizado por militares russos contra uma base militar da Ucrânia em Yavoriv, próxima da fronteira com a Polônia, que funcionava como ponto de treinamento e seria um dos locais de recebimento de armamentos enviados por países do Ocidente.

"Condenamos o ataque ao IPSC (Centro Internacional de Manutenção da Paz e Segurança) em Yavoriv que matou 35 pessoas e deixou 134 feridas. O ataque ao centro, no qual Estados Unidos, Polônia, Lituânia, Reino Unido, Canadá e outros países treinavam forças ucranianas, não derrotará os heróicos soldados que treinavam ali", escreveu a embaixada.

Acredita-se que alguns dos voluntários estrangeiros que decidiram se unir aos militares ucranianos estavam sendo treinados em Yavoriv.

Mais tarde, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, também publicou mensagem condenando o ataque russo a Yavoriv. "A brutalidade precisa parar", escreveu.

15:30 – Milhares protestam na Alemanha contra a invasão da Ucrânia

Dezenas de milhares de pessoas foram às ruas neste domingo na cidades alemãs de Berlim, Hamburgo, Frankfurt e Stuttgart protestar contra a invasão russa da Ucrânia. Em Berlim, a manifestação reuniu de 20 mil a 30 mil pessoas, segundo a polícia.

Milhares protestam perto da praça Alexanderplatz, em Berlim
Milhares protestam perto da praça Alexanderplatz, em BerlimFoto: F. Anthea Schaap/imago images

O protesto na capital alemão foi convocado por uma plataforma de organizações pacifistas e ambientalistas, sindicatos e igrejas, sob o tema: "Parem a guerra. Paz e solidariedade com o povo da Ucrânia."

15:00 – Rússia e Ucrânia falam em progresso nas negociações sobre cessar-fogo

Autoridades russas e ucranianas fizeram neste domingo suas avaliações mais otimistas desde o início da guerra sobre o progresso das negociações para um cessar-fogo, sugerindo que poderia haver resultados positivos em alguns dias.

"Não cederemos, a princípio, em nenhuma posição", disse o negociador e conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak, em um vídeo. Ele acrescentou que o Kremlin agora entende isso e "já está começando a falar de forma construtiva".

"Acho que alcançaremos alguns resultados literalmente em questão de dias", disse.

A agência de notícias russa Interfax citou um representante russo, Leonid Slutsky, que relatou que as conversas haviam alcançado progressos substanciais.

"De acordo com minhas expectativas pessoais, nos próximos dias este progresso pode crescer para uma posição conjunta de ambas as delegações, em documentos para serem assinados", disse Slutsky.

Nenhum dos lados indicou qual poderia ser o escopo de qualquer acordo.

Também neste domingo, a secretária-adjunta de Estado dos EUA, Wendy Sherman, disse que Moscou estava mostrando sinais de disposição para se engajar em negociações substantivas sobre o fim do conflito.

Negociadores de Moscou e Kiev realizaram várias rodadas de negociações desde que Putin enviou tropas à Ucrânia em 24 de fevereiro. Os ministros das Relações Exteriores russo e ucraniano também se reuniram na Turquia na quinta-feira. (Reuters)

13:45 – Rússia diz que ataque a base em Yavoriv matou até 180

A Rússia confirmou neste domingo que atacou a instalação de treinamento de Yavoriv no oeste Ucrânia, adicionando que o bombardeio  matou "até 180 mercenários estrangeiros" e destruiu "uma grande quantidade de armas fornecidas por nações estrangeiras".

O porta-voz do Ministério da Defesa russo Igor Konashenkov disse que a Rússia continuará seus ataques contra o que chamou de mercenários estrangeiros. Ele disse que a Rússia usou mísseis de longa distância e alta precisão para atacar Yavoriv e uma instalação na vila de Starichi.

Já o governador da região de Lviv, onde está situada a base afetada, Maxim Kosizky, disse que o ataque matou 35 pessoas e feriu 134. 

Acredita-se que alguns dos voluntários estrangeiros que decidiram se unir aos militares ucranianos estavam sendo treinados em Yavoriv.

O ataque, tão próximo da fronteira com a Polônia, marca uma escalada do conflito. No sábado, a Rússia havia alertado que os comboios de equipamentos militares enviados por países do Ocidente para a Ucrânia seriam considerados alvos militares. (Reuters)

13:10 – Sitiada, Mariupol contabiliza quase 2.200 civis mortos

A câmara municipal da cidade portuária de Mariupol, no sul da Ucrânia, afirmou, em declaração divulgada neste domingo, que 2.187 moradores da cidade foram mortos desde o início da invasão da Rússia da Ucrânia, em 24 de fevereiro.

"Nas últimas 24 horas, houve pelo menos 22 bombardeios contra a cidade. Mais de 100 bombas já foram jogadas em Mariupol", acrescentou a nota.

Mariupol tem sido uma das localidades mais afetadas pelos ataques russos desde o início da guerra. A cidade de cerca de 430 mil moradores está sitiada e esforços para levar comida, água e remédios e para evacuar seus cidadãos foram frustrados neste sábado.

Neste sábado, tropas russas realizaram intensos ataques contra a cidade, atingindo dezenas de prédios residenciais, segundo imagens de satélites. Autoridades ucranianas relataram que os russos controlaram a periferia leste da cidade e apertaram seu cerco. (AFP)

Foto aérea mostra prédio incendiados após bombardeio
Foto de satélite mostra áreas residenciais devastadas por bombardeios russosFoto: Maxar Technologies/REUTERS

11:40 – Jornalista americano é morto por forças russas

Jornalista e cineasta americano Brent Renaud foi morto por forças russas em Irpin, conforme informações publicadas pelo jornal britânico The Guardian.

Renaud, cujo trabalho foi publicado pelo jornal New York Times e em outros veículos, teria sido morto pelas forças russas na cidade de Irpin, nos arredores de Kiev. O fotógrafo americano Juan Arredondo também foi ferido na mesma ocasião.

Renaud, de 51 anos, foi atingido no pescoço e morreu após ficar sob fogo russo enquanto trabalhava em Irpin neste domingo, de acordo com policiais locais e várias fontes ucranianas.

11:40 – Rússia busca apoio da China em meio a sanções

A Rússia disse que está buscando ajuda da China para fortalecer sua economia em meio a sanções ocidentais. Moscou afirmou que metade de sua moeda estrangeira e reservas de ouro foram congeladas pelo Ocidente.

"Temos parte de nossas reservas de ouro e divisas na moeda chinesa, em yuan. E vemos que pressão está sendo exercida pelos países ocidentais sobre a China para limitar o comércio mútuo com a China. Claro, há pressão para limitar o acesso a essas reservas", disse o ministro russo das Finanças, Anton Siluanov.

Ele afirmou que espera aumentar a parceria com a China devido ao fechamento dos mercados ocidentais. (DW)

10:50 – Mais um prefeito de cidade ucraniana é sequestrado

O prefeito de Dniprodrudne, Yevheniy Matvieyev, foi sequestrado pelas forças russas, segundo o ministro do Exterior ucraniano, Dmytro Kuleba, e outras autoridades do país. Localizada no sudoeste da Ucrânia, Dniprorudne tem cerca de 20 mil habitantes. Na sexta-feira, tropas russas sequestraram o prefeito de Melitopol, Ivan Federov, de acordo com parlamentares ucranianos.

O sequestro de autoridades ucranianas foi condenado pelo chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell. Ela afirmou que os sequestros são como "outro ataque às instituições democráticas na Ucrânia". Borrell acusou a Rússia de tentar estabelecer "estruturas governamentais ilegítimas" na Ucrânia. (DW)

08:40 – Base militar perto da fronteira com a Polônia é alvo de ataque russo

Pelo menos 35 pessoas morreram durante um ataque aéreo da Rússia na manhã deste domingo contra uma base militar em Yavoriv, no oeste ucraniano, na região de Lviv, próxima à fronteira com a Polônia.

De acordo com a administração de Lviv, pelo menos 134 pessoas ficaram feridas.

Segundo o ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, instrutores militares estrangeiros trabalham na base atingida. Entretanto, ele não disse se algum deles estava presente no momento do ataque.

O governador da região de Lviv, Maxim Kosizky, disse que os russos dispararam mais de 30 mísseis de cruzeiro contra o campo de treinamento militar, localizado 30 quilômetros a noroeste da cidade de Lviv e 35 quilômetros da fronteira da Ucrânia com a Polônia. (AFP, DPA, Reuters, AP)